Imigração
O termo “Imigração” - que aqui tratamos - significa o processo de chegada de pessoas a países que não sejam os seus. Como é o nosso caso, mais recentemente.
Está na chamada “ordem do dia” quase em todo o mundo, sendo diversificadas as suas origens.
Nalguns casos mais parecem “movimentos de êxodo” com toda a carga que daí advém.
Não podemos esquecer, nunca - nós portugueses - que, paralelamente se verifica um movimento substancial de “Emigração” de compatriotas nossos para esse mundo fora, principalmente Jovens que, tristemente, ainda não aprendemos a “reter no nosso País”!
O termo “Emigração” significa o ato de sair de um país para viver noutro.
Ora bem,
Tentemos explicar, resumidamente o que se passa, começando pelos pressupostos a reter em qualquer tipo de análise imparcial sobre o tema:
1. A Imigração, na maior parte dos casos, é provocada:
a) Pelo estado de guerra em que os locais de origem se encontram, um pouco (muito) pelo mundo inteiro;
b) Pelo estado ruinoso a que as economias chegaram, sobretudo consequência do aparecimento cada vez mais significativo de Estados falhados, governos corruptos, clivagens tribais e fome generalizada;
c) Pela invasão com extorsão pura e simples das riquezas públicas de Estados soberanos, que acarretam pobreza fuga e desemprego assustador.
d) Pela subsistência cada vez mais aguerrida dos “inimigos/destruidores da Vida”, que parecem ganhar cada vez mais adeptos, recriando memórias que a Humanidade não merece ter no nosso século.
2. A Imigração - como tudo o que se passa num país - deve, sempre, ser controlada, regulada, nunca descontrolada.
3. Aos imigrantes devem ser “exigidos” os mesmos deveres que são exigidos aos portugueses em geral (máxime o estabelecido no art. 15, da CRP); também lhes devem ser disponibilizados os mesmos direitos, quando legal for a sua permanência...
4. Em princípio, a Imigração deve suprir as nossas carências de mão de obra, a qual nem sempre é perceptível ao comum dos mortais, num país de desemprego elevado.
5. A Imigração não deve, nem pode, constituir arma de arremesso político, como tem vindo a acontecer, vergonhosamente.
6. É ao Estado, como um todo, que compete traçar as linhas gerais do enquadramento jurídico e social deste fenómeno, combatendo os modos e meios que se enquadrem em “permanência ilegal” ou usufruto indevido de benefícios públicos.
7. Também é ao Estado que compete zelar pela Segurança dos Imigrantes e bem assim dos Portugueses em todo o Território, sem esquecer o Interior, quase abandonado.
8. Interior esse onde os exemplos de exemplar integração são factuais, o que valoriza o trabalho dos Municípios e torna explícito que “a guerra política” vive em Lisboa.
9. Aquelas “fatias” de imigração humanitária (que se impõe num Estado de Direito de cariz social, como queremos parecer) deve ser assumida com clareza absolutamente inatacável, preferencialmente acompanhada por Organismos Públicos com vocação.
Aqui chegados, evidencia-se que as discussões em curso - por vezes demais com histeria barulhenta e “profissionalização” dedicada à sobrevivência das narrativas - nos espaços mediáticos, está enviesada e parte do princípio de que a Imigração tem donos na nossa organização política. Tem protectores exclusivos. Tem Associações privilegiadas, que vivem dos apoios estatais e que, pelos vistos, se querem manter ad eternum, para empregar “militâncias”.
Pior é todos sabermos que, num conjunto tão expressivo de Pessoas - utilizando os conhecimentos de Gauss - podemos afirmar que, em probabilidade e estatística, a distribuição normal é uma das mais utilizadas e descreve a dispersão simétrica em torno da média.
O que obriga à conclusão de que nem todos os chegados ao nosso País são Pessoas de bem, incólumes à prática da criminalidade de todos os tipos, como já estamos a assistir no contra-ciclo das proclamações e quase “gozando” com elas (crime organizado, clandestinidade, roubo, violação, violência doméstica, homicídio, em menor ou maior percentagem, mas violentos).
E o que não é tolerado, sei eu, por muitas Pessoas que se manifestaram recentemente, em defesa destas linhas que tracei - que têm a ver com a honra de toda a pessoa humana e com a dignidade intrínseca ao estatuto humanitário - mas não com necessidades de encobrimento de ações de “capitalismo selvagem” ou de hipotéticos ganhos em corridas eleitorais.
O contrário é retórica pura, manipulação indevida, que nos leva a objectivar a retoma de um caminho controlado por quem o deve fazer (neste caso o Governo de Portugal) tendo presentes os aspectos (todos) da fragilidade com que se nos apresentam estas populações e sem esquecer o facto de devermos agir para com os outros, como gostamos que se aja para com os nossos filhos, nos Países que os acolhem.
… Haja bom senso; Acabe-se com o aproveitamento!
Luís Pais Amante
Nem mais … “… Haja bom senso; Acabe-se com o aproveitamento!”
ResponderEliminarÉ incrível o modo como o primo Luís explica tudo aquilo que tem constituído um “aproveitamento” inacreditável!
ResponderEliminarSimples mas tão perceptível.
Parabéns
Ass:
Eduardo Miguel BECAS
Ouvi um ditado uma vez, que dizia" a minha casa(terra) é aonde tratam-me, bem, sou bem-vindo e pagam-me pelo meu trabalho"
ResponderEliminarA imigração tem vários factores, alguns inumerados aqui pelo Dr. Luís. Como imigrante, o que trouxe-me cá, foram questões de saúde familiar; costumo dizer que fui bem recebido, especialmente pela cidade Coimbra.
Este fenómeno, ultimamente assola o mundo, muito por causa das guerras e governos corruptos. Porém, é vivido em vários aspectos, desde, melhores condições de vida, carreiras profissionais bem remuneradas e em ambientes empresariais ou industriais, isto porque, há empresas que montam as suas sedes ou fábricas em outros países por benefícios fiscais ou mão de obra mais acessível.
Neste roll, há os bons e maus, temos consciência disso, cabe ao governo criar as medidas para correcção das más práticas e salvaguarda dos direitos daqueles que cumprem com as leis vigentes.
Um abraço kota.
Ai Dr. Luís
ResponderEliminarQue texto maravilhoso; e ensinador; e isento; e actual.
EU SOU EMIGRANTE no RU.
E gostava mesmo muito de se interiorizar que recebemos o que fazemos.
Cumprir a Lei do País de asilo é indispensável.
Muito obrigado
Imigração ou emigração é um fenómeno global...que foi....é....e sempre será fundamental para garantir a sobrevivência humana e o desenvolvimento civilizanional...é uma prática tão antiga quanto á humanidade. Ao longo da história buscam uma vida melhor para escapar de conflitos...procurar segurança...ou simplesmente explorar novas oportunidades...em que possam proporcionar uma vida justa...com segurança...paz....enfim...uma série de oportunidades dignas de todo o ser humano!!!
ResponderEliminarTambém sinto que a Imigração é um tema que, por ser polarizante, tem sido bastante usado como meio de "reunir as tropas" de cada "lado da barricada" a fim de gerar votos. Infelizmente parece que às vezes a discussão em torno destes temas serve mais para gerar votos do que para os procurar resolver efetivamente. Uma abraço
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