De olhar entristecido
De sobrolho olho
O quintal do fundo
Com nozes, cebolas e couves tronchudas
Um pouco além
A quinta do mundo
Com ínsulas, videiras e abóboras carnudas
Bem a direito
O Rio sempre belo
Com moçoilas novas a dar ao marmelo
Mais pra lá
O oceano imundo
Com plástico apodrecido e peixes a boiar
Dizem mas eu não vejo
Que junto aos desertos das Áfricas
Há gente a correr no sonho de algo querer ter
Que se afunda
Assim que vê terra
E que luta com a água -e treme- antes de morrer
Luís Pais Amante
Casa Azul
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