Em minha casa
havia duas santas, minha mãe, milagreira no cotidiano para dar conta dos oito filhos,
trabalhar e cuidar da casa, chegou primeiro, junto com seu amor, meu pai, e a
outra santa, a imagem da Imaculada Conceição.
Uma linda
imagem linda, tinha mais de um metro. Chegou em 26 de maio de 1956, comprada
por meu pai em São Paulo. O dinheiro obteve através de uma lista que fez passar
entre amigos, como o arrecadado foi maior do que o necessário, dou a sobra para
a Matriz do Divino Espírito Santos.
Houve a festa
da coroação, teve até banda de música. A coroa banhada a ouro e incrustrada com
pedras preciosas foi doação de uma família barretenses; o quantum, por questão
de segurança, deixo de informar; a preciosidade tem também valor sentimental, e
agora já histórico.
Em uma anotação que deixou, ele nos pediu,
quando partisse para junto de mamãe, deveríamos levar a Santa para uma igreja,
capela ou entidade religiosa, não queria que fosse para o cemitério; não queria
visitas de buscadores de milagres. Ele se foi em agosto de 2007. Assim,
seguindo as instruções dele, a Santa foi doada para na Casa da Catequese Paulo
VI, localizada na avenida 23 entre as ruas 12 e 14, Barretos.
Por iniciativa, creio que do vigário, no pano de fundo do pedestal
onde se encontra a Santa, está escrito: “Eis aqui tua Mãe”. Que lindo!
Mesmo estando tão longe da minha cidade natal, posso rezar e fazer
meus pedidos. Aprendemos, é através dela que Deus nos ouve, ainda que não nos
responda.Escreveu Exupéry em sua obra inacabada Cidadela: “sabemos que Deus
ouve nossas preces quando Ele não nos responde”.
P.T.Juvenal
Santos – ptjsantos@bol.com.br
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