Nos últimos treze anos,
conduzidos por uma estrela então de esperança, muitos brasileiros com seus
votos ajudaram a pintar o mapa do Brasil com a cor vermelha do Partido dos
Trabalhadores, a agremiação política do ex-presidente Lula e da
recém afastada Dilma.
Vieram as eleições de
outubro de 2016, para prefeitos e vereadores; como pano de fundo:
1) as denúncias da
Operação Lava Jato, detonadas pelo caso Petrolão (escandalosa corrupção na
Petrobras) se alastrou. Mesmo estando ainda apenas no meio do caminho, redundou
na prisão de empreiteiros, marqueteiro do PT, políticos, proeminentes
dirigentes petistas, ex-presidentes e tesoureiros. E uma constatação:
praticamente os mesmos dirigentes envolvidos no caso “Mensalão” o ocorrido no
Governo de Lula, do qual o presidente se manteve ileso.
2) O impeachment da
presidente Dilma por crime de responsabilidade, depois de o pedido ter sido
acatado pela maioria absoluta dos deputados, levado ao Senado, submetido a uma
maratona de reuniões, testemunhas na Comissão do Impeachment, teve o relatório
aprovado e em seguida aprovado pela maioria absoluta dos senadores.
Outubro de 2016: apurados
os votos constatou-se a acachapante do Partido dos Trabalhadores, o povo
respondeu com um sonoro “não”, foi como um basta, um repúdio tão grande que
ex-presidente não teve prestígio até para ajudar o filho se eleger como
vereador na cidade símbolo do petismo: São Bernardo do Campo. No Rio de Janeiro
e em Porto Alegre, as candidatas apoiadas por Dilma tiveram desempenho pífio.
Pela primeira vez, a
eleição para prefeito de São Paulo, a mais importante cidade do Brasil, foi
decidida no primeiro turno; o candidato petista, e atual prefeito (Haddad),
mesmo com o apoio pessoal de Lula, conseguiu pouco mais de 16% dos votos
(967.190), enquanto Dória (PSDB), sem nunca ter ocupado qualquer cargo
político, obteve mais de 53% (3.085.187).
O vermelho, praticamente,
sumiu dos nossos mapas; o resultado das eleições é visto como uma prévia do
que acontecerá em 2018: eleição presidencial.
Não há como não lamentar
o quase fim do que um dia representou, para muitos, a estrela da esperança
tornar-se uma estrela decadente.
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