Veja AQUI a referência ao lançamento do livro Penacova, o Mondego e a Lampreia. |
Penacova, o
Mondego e a Lampreia” é uma obra da autoria dos biólogos Fernando Correia e de Carlos Fonseca. Depois de
um livro dedicado aos javalis, os autores publicaram em 2010, desta vez dedicada à lampreia, uma nova obra, com o apoio da Câmara Municipal de
Penacova. Ao longo das
suas cerca de 300 páginas, magnificamente ilustradas, somos presenteados com uma caracterização do concelho
de Penacova, abordando o património natural do Mondego, a evolução da lampreia em
Portugal, os factores de ameaça e conservação e muitos mais aspectos cientificamente tratados. Algumas receitas
gastronómicas feitas à base desta apreciada iguaria são também apresentadas.
Da leitura
do capítulo dedicado à lampreia ficamos
a saber que se trata de “um animal que pertence ao grupo dos peixes (em termos de evolução) mais
primitivos que chegaram até aos tempos de hoje – os Agnatas, ou peixes sem
mandíbulas.” tendo-se desenvolvido e tido "o seu pico de diversidade durante a Era Paleozóica, provavelmente durante o Câmbrico, há aproximadamente 510 a 505 milhões de anos.”
Uma das páginas do livro |
Os sobreviventes
actuais deste grupo (lampreias e mixinas) são hoje reunidos informalmente sob a
designação de ciclóstomos (sem valor taxonómico) ou seja, animais de boca
circular.
Uma outra
nota a registar: em Portugal ocorrem dois géneros diferentes, Petromyzon e Lampetra, reunindo três
espécies diferentes: a lampreia marinha, a lampreia-de-rio e a
lampreia-de-riacho. Como
sabemos, a lampreia-marinha constitui um recurso natural associado a uma
tradição gastronómica. è o caso do concelho de Penacova, “um dos que mais fama grangeia,
estabelecida que foi esta prática comensal e de restauração, principalmente
desde os finais do século XIX. “
Infografia sobre o Ciclo de Vida da Lampreia-Marinha |
Ainda sobre
a "lenda" da “lampreia fenomenal” pescada em 1908, concluímos, pelo que este livro nos informa, que terá sido mesmo uma brincadeira de Carnaval.
É que “este animal é o maior ciclóstomo europeu, podendo atingir um peso superior aos 2 Kg e medir mais de um metro(a maior lampreia-marinha já capturada pesava 2,3 kg exibia um comprimento de 1,2m). Em Portugal as lampreias que regressam aos rios têm geralmente um peso e um comprimento médio de 1,3 kg e 88 cm."
É que “este animal é o maior ciclóstomo europeu, podendo atingir um peso superior aos 2 Kg e medir mais de um metro(a maior lampreia-marinha já capturada pesava 2,3 kg exibia um comprimento de 1,2m). Em Portugal as lampreias que regressam aos rios têm geralmente um peso e um comprimento médio de 1,3 kg e 88 cm."
Penacova, o Mondego e a Lampreia, é uma obra de leitura indispensável para o conhecimento de Penacova, em especial da sua fauna e flora, onde se destaca a “divina lampreia”.
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