20 março 2017

Prémio de Pintura homenageia João Martins da Costa


Decorre até ao dia 7 de Julho o concurso de Pintura subordinado ao tema "Vale do Mondego e Penacova". Uma homenagem a este pintor de reconhecido mérito que em Penacova viveu largos anos e onde tinha as suas raízes familiares.

O Prémio de Pintura Martins da Costa, instituído pelo Município de Penacova, tem como objetivo, de acordo com o projecto de regulamento,  "incentivar e premiar a criatividade na área da pintura e desenho e evocar a obra de João Martins da Costa, pintor que viveu grande parte da sua vida em Penacova." É aberto a todos os artistas locais e nacionais, estudantes de escolas artísticas e comunidade escolar em geral. 

Nasceu em Coimbra em 28 de Junho de 1921. Os pais eram penacovenses: José da Costa e Cacilda Martins. O seu avô materno fora industrial de latoaria na vila e o paterno, Abílio Costa, tinha sido proprietário de um veículo que servia de diligência entre a cidade dos estudantes e Penacova.

Frequentou o curso superior de Pintura da Escola de Belas Artes do Porto, onde foi discípulo de Dordio Gomes e de Joaquim Lopes. Premiado diversas vezes na escola, concluiu o curso em 1947 com a classificação de 18 valores. 

Em 13 de Abril de 2005 faleceu, não em Penacova, onde desde os anos setenta vivera e fora professor, mas em Matosinhos. 

“Martins da Costa – Contos Vividos” é o título do livro que no dia 23 de Julho de 2016 foi apresentado em Penacova. A obra teve coordenação editorial do jornalista penacovense Álvaro Coimbra. É uma edição do município de Penacova e foi prefaciada pelo escritor, investigador e cronista Hélder Pacheco. É composta por muitos dos textos escritos pelo pintor nas décadas de oitenta e noventa na imprensa local (quando residia em Penacova), bem como por inúmeras reproduções de alguns dos seus quadros e ainda parte do seu espólio fotográfico.

“O artista, o pintor, deixou uma obra extraordinária. O seu traço sensível e, ao mesmo tempo, firme e exato viajou por cidades como Florença, Porto, Londres, mas na última etapa da sua vida escolheu este cantinho. Pintou-o de vários ângulos, com um olhar muito próprio e deu-o a conhecer ao mundo.” – escreveu Álvaro Coimbra.

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